Entrevista
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Deputada Tabata Amaral: “Quero ver mais jovens da Vila Missionária e Cidade Ademar nos representando no Governo”.

O Bairro Cidade Ademar entrevistou a deputada federal Tabata Amaral (PDT). Por via What’s App. A deputada que cresceu na Vila Missionária, na região da Cidade Ademar, falou sobre as dificuldades que encontrou no bairro referente à educação, falta de lazer e de oportunidades na região. Tabata criticou ainda o PDT, por estar suspensa após votar a favor da Reforma da Previdência e por espalhar fake news e afirma que vai continuar no partido. Ela diz ainda que continuará a militar na educação e trabalhará para combater a desigualdade social.

A realidade para os jovens da Cidade Ademar é cruel pela falta de opções de lazer e de oportunidades. “Esta é a realidade na qual eu cresci, meu lazer era ir à igreja, na paróquia que frequentava. Desde pequena, minha vida se resumia em cuidar de casa e ajudar a minha mãe”, relatou.

Na escola, Tabata testemunhou vários problemas. De acordo com a deputada, muitas vezes saia no horário do intervalo e, em outras ocasiões a aula era com a professora substituta. “Na escola nós não falávamos sobre profissões, não era uma escola que fazia ver além, para quebrar o ciclo da pobreza. Tive muitos professores inspiradores que me motivavam, mas a estrutura da escola não. Pareciam mais prisões”, comentou.

Olimpíadas de Matemática – Foi por meio das Olimpíadas de Matemática que Tabata se destacou e ganhou uma bolsa de estudos em uma escola particular e daí então ganhou o mundo. “Diferente das escolas de nossa região, onde faltam professores, recursos e faltam sonhos. Esta escola só faz com que o ciclo da pobreza nunca se quebre”, disse.

Para Tabata a única forma de quebrar este “ciclo da pobreza” é a educação. “Tenho consciência que sou uma exceção, pois tive Bolsas de Estudo e professores que me apoiaram e que me ensinaram a sonhar. Tenho certeza que existem muitos jovens de talento em nossa região. Temos que garantir que estas pessoas não se desiludam”.

Tabata ainda acompanhou com tristeza o caso de tortura de um jovem de 17 anos, que foi pego ao tentar furtar alimento em uma rede de supermercado na região. Ela relata conhecer vários caos de outros jovens que passam pela mesma situação. “O meu compromisso com a desigualdade é real e não é alterado visando as próximas eleições, quero que as pessoas consigam discernir as fake news ao meu respeito e quero lutar por um país mais ético para que não termos que fazer escolhas tão duras”.

Recado para a região da Cidade Ademar – “Para nós é muito mais difícil. Independente de onde nascemos a Educação ainda é o melhor caminho. Quero ver mais jovens da Missionária e Cidade Ademar representados no Governo”, finalizou.

Ouça as respostas na íntegra da deputada.

Pergunta 1 – Como você vê a Educação aqui na zona sul de São Paulo, na região da Cidade Ademar, com cerca de 500 mil habitantes e sem opções de lazer?

Pergunta 2 – Qual seria a alternativa para a melhoria da educação nas periferias não só de São Paulo, como a de todo o país?

Pergunta 3 – Você acha que você  foi uma exceção diante das possibilidades da Educação para os jovens da periferia? É possível aparecer mais Tabatas nas periferias? Como isto pode acontecer?

Pergunta 4 – Recentemente um adolescente, aqui da Vila Missionária foi torturado por seguranças de um supermercado, você acompanhou o caso? Este jovem de 17 anos, não era alfabetizado. Onde o Estado falhou com este jovem que pode representar um contingente de adolescentes que passam pela mesma situação?

Pergunta 5 – Tabata, como você encara este corte na Educação feito pelo Governo, principalmente em referência as Bolsas da Capes /CNPq?

Pergunta 6 – Você continua no PDT, mesmo após a polêmica em relação ao voto da Previdência? Como você encarou as criticas, mesmo com todo o seu trabalho em prol da Educação?

Pergunta 7 – Tem algum projeto ou pauta importante que possa beneficiar os moradores das periferias do país? Poderia enviar uma mensagem para os moradores da região?

Este post foi publicado em: Entrevista

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Formado em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, Letras, pela Faculdade Diadema. Pós-Graduado em Estudos Linguísticos e Literários pela Fundação Santo André. Andante das ruas da Cidade Ademar e de toda São Paulo e apaixonado pelas comidas de boteco e futebol, principalmente futebol de várzea.

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