Por Renato Spadini Jr.
Professor de História pela PUC
A era Neoliberal se instala no Brasil a elite econômica, intelectual e política se torna cada vez mais confiante e senhora do país, cada vez teme menos em expor suas ideias de forma clara, tirar direitos dos trabalhadores, abandonar as causas sociais e entregar o país para o capitalismo internacional.
O discurso se funda na geração de empregos e enxugamento da máquina administrativa estatal. De outro lado temos uma extrema direita, quase circense, que pratica um populismo escrachado com opiniões radicais e polêmicas vazias que atraem a atenção dos mais simplórios ou mal intencionados.
E ainda temos uma esquerda burguesa desunida e sem um discurso forte, viúva do populismo “Lulista” que está em “cana” mais por questões políticas, do que pelas denúncias de corrupção. E no meio disso tudo um povo perdido, ignorante e fustigado pela miséria, sem perspectivas reais. Uma classe média que se nega a aceitar sua condição de povo, sonhando, sempre, em ser elite e se vendendo cotidianamente para preservar suas migalhas gordas que chama de estabilidade econômica.
Temos uma imprensa marrom que tem seus próprios projetos e uma classe de intelectuais omissos ou covardes. Talvez esteja na hora de nos apegarmos menos a discursos e passarmos a observar como temos sido “governados” nos últimos 120 anos.
Quais mudanças reais ocorreram nesse tempo? Um livro de História ajuda, além disso, será que não devemos refletir um pouco mais sobre as nossas leis? Elas são criadas por quem? Para quem são criadas? Qual a real finalidade delas?
E a nossa Democracia representativa, será que ela realmente nos dá voz? Somos passageiros de um ônibus desgovernado onde vários brigam pelo volante e pelo valor da tarifa, enquanto nós povo cordial, lemos a placa “proibido falar com o condutor” e a obedecemos mesmo observando a confusão que acontece a nossa frente. Será que não está na hora de um “vai descer motorista”.

Grande Renato! Formação política para o povo urgente! Senão, continuaremos lutando pelas migalhas eleitorais da Democracia burguesa, jogando o jogo deles, com as regras deles e a “bola” deles, a ponto de quando se sentirem incomodados, colocarem a bola debaixo do braço e abandonarem o jogo em golpes de ocasião!
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