O sonho de muitos meninos na periferia, é de ser jogador de futebol profissional e muito mais que isto, é de ter um futuro, cursar uma faculdade e ter uma profissão. Estes são os aprendizados, do projeto da escolinha de futsal “Lapidando Diamantes”, realizado há 27 anos por Adalto Saturno, que por meio de seu trabalho voluntário, ensina as técnicas e as habilidades do futebol de salão e ainda resgata a cidadania e a capacidade de sonhar em ter um futuro, junto às crianças de 8 a 17 anos.
Para conhecer este projeto, o subprefeito da Cidade Ademar, Renato Galindo, foi até o local, neste sábado, dia 18, e recebeu das mãos de Adalto Saturno, um projeto para apoiar a escolinha, que atualmente conta com 50 crianças, todos os finais de semana, na Escola Municipal Habib Carlos Kyrillos, em Americanópolis.

“Temos andado por muitas escolas na região e este é um exemplo a ser seguido, com as escolas com as portas abertas, pois a região não tem área de lazer, e esta é uma opção. Isto não é só esporte, é cidadania para a vida”, comentou Renato Galindo, que ainda, comentou a possibilidade de propor uma ampla reforma na escola, e uma possível cobertura da quadra.
Inicio – A escolinha de futsal teve inicio em 1994 quando Adalto ainda sonhava em ser jogador de futebol. “Tive oportunidades no Santos e no Palmeiras, entretanto me contundi e o Metrô me acolheu para o tratamento. Era uma época em que as empresas investiam no esporte e fiquei um tempo parado. Meu sobrinho queria montar um campeonato e vi que na região não tinha nada, então comecei uma escolinha com apenas 12 alunos e desde então, nunca mais parei”, relatou.

Apoio – Nestes 27 anos, dezenas de jogadores se profissionalizaram, porém, nenhum retornou para suas origens para apoiar o projeto. “Não quero citar nomes de atletas, mas vários saíram daqui e foram para o Santos, São Paulo, Palmeiras, entre outros clubes. Nossa última revelação é o Emanuel, atual camisa 10 do Fortaleza”, disse.
Com a entrega do projeto ao subprefeito por ser um alento para ter recursos. Atualmente, todos os custos sai do bolso de Adalto, que também recebe a ajuda de alguns pais. “Não tempos apoio, somos nós e alguns pais que acompanham seus filhos em eventos e jogos que colaboram para o projeto e nas disputas de campeonatos”, disse.
Capacitação – Não são apenas as crianças que estão sendo capacitadas com o projeto, mas também o idealizador. Adalton resolveu ingressar no curso de Educação Física para que possa passar as habilidades pedagógicas e também cognitivas de forma profissional às crianças. “Agora tenho uma nova visão de trabalho e com isto conquistamos títulos em diversas categorias. Hoje somos procurados não só por crianças do bairro, mas do Morro Dunga, do Jabaquara, Jardim Miriam, entre outras localidades. Já fomos chamados para implantar a escolinha no EM Sampaio Dória, mas não temos pessoas capacitadas para tal posto”, relatou.

A elaboração do projeto da escolinha de futsal contou com o apoio dos assessores do Luis Quirino e Carlos Alberto Lopes, que pretendem ainda, futuras parcerias para o projeto.
“Tudo aqui acontece porque temos o apoio da direção da escola e por isto cuidamos do espaço, pois foi aqui que estudei. Antes o espaço estava parado, colocamos o alambrado e depois eles melhoraram e tudo com o apoio da escola que apoia a comunidade”, finalizou.
A Escola de Futsal acontece na Escola Municipal Habib Carlos Kyrillos, aos sábados das 8h às 10h. Para apoio e mais informações, ligar no (11) 94728-8525.