Está na moda uma palavra muito bonita que é “empatia”, um substantivo que se define em se colocar no lugar do outro. Palavra moderna que é utilizada nas mídias sociais, imprensa e principalmente na educação.
Se colocar no lugar do outro, tornou-se uma forma que combater as injustiças ou até mesmo de se fazer justiça com determinadas ações, quando as dificuldades do outro é identificada. Entretanto, muitas vezes esta palavra não é verbalizadas como deveria. Se colocar no lugar do outro pode trazer, na maioria das vezes, apenas a “comoção” de tentar sentir o que o outro está passando, ou sentindo, ou ainda… Sofrendo. E na maioria das vezes não há ação necessária pela falta de recursos, tantos físicos, psicológicos ou materiais.
Isto porque, a visão “empática” é sempre de mão única, ou seja, acontece sempre na posição privilegiada de uma pessoa em relação à outra. Não é uma via de mão dupla, onde um se coloca no lugar do outro, mas sim de quem está em uma posição superior em relação ao outro.
Palavras que talvez possam ser clichês, tem um papel até melhor que a tal empatia, como: superar, conquistar, lutar, posicionar-se e a famosa empoderar-se, são palavras verbalizadas, há uma ação direta, são verbos que podem ser utilizados no mesmo contexto, pois o foco é na ação direta.
Afinal, se comover com o problema do outro, faz parte do ser humano e a atitude deve ser imediata no caso da empatia, mas ser apenas “empático” pode ser um adjetivo comovente e ao mesmo tempo vazio.
Há a necessidade da subversão imediata da palavra para transformá-la em verbo para que ocorra a ação necessária, para isto “empatizar” é agir imediatamente e cabe então as condições e a comoção de cada um para que ocorra a ação.